Os Maias
Encontro com Personagens
Como funciona o Virtual ÉTER
O projeto Virtual ÉTER permite o acesso aos vídeos de cada projeto por um período de 3 meses a partir da data da primeira subscrição de um grupo. Desta forma, sendo possível o visionamento em grupo na sala de aula, equivalente à efemeridade de um espetáculo, é também facultado o acesso individual (telemóveis, tablets ou computadores) ao longo de 3 meses.
Propõe-se o retorno aos vídeos ou o visionamento faseado, equivalente ao processo íntimo entre leitor e livro. A perspetiva da narrativa destaca-se pela relação próxima com as personagens. Cada personagem está no seu próprio espaço revelando as suas características, a sua posição numa narrativa geral, a sua relação com outras personagens… Ao assistir ao vídeo gratuito Padre Bartolomeu – O Voador percebe-se a abordagem do projeto Virtual ÉTER em todas as suas vertentes.
Consulte em baixo a descrição dos vídeos que integram este projeto
Ao subscrever a assinatura para os seus alunos (mínimo 20), o professor e cada aluno terão acesso aos vídeos descritos em baixo.
Para perceber a abordagem deste projeto oferecemos-lhe gratuitamente o vídeo “Padre Bartolomeu – O Voador”, de Memorial do Convento.
Carlos da Maia
A paixão trágica de um diletante
Enquanto se prepara para ir aos Olivais, Carlos fala da sua vida social, de médico desocupado em Lisboa, ocioso e diletante – entre a ópera, os jantares, as reuniões com amigos no Ramalhete, João da Ega e Dâmaso Salcede, os Cohen, Tomás de Alencar, mantem relações amorosas secretas com a condessa de Gouvarinho. Relembra a 1ª vez que viu M. Eduarda, no Hotel Central, depois procura-a em Sintra, visita-a na rua de S. Francisco, instala-a nos Olivais e, profundamente apaixonados, decidem partir para Itália.
Carlos da Maia
“Falhámos a vida, menino.”
Numa sala do Ramalhete, vazia e coberta de panos, Carlos relembra o seu drama, 10 anos passados: Guimarães entregara documentos de Maria Monforte que a revelavam ser a mãe de Maria Eduarda e de Carlos Eduardo. A noite de incesto consciente por parte de Carlos. A morte de Afonso da Maia. Tudo acabara. Carlos e Ega reencontram-se em Lisboa, este comenta “falhámos a vida, menino”.
João da Ega
Amigo e confidente
Ega relembra a sua vida em Celorico, a sua amizade com Carlos desde Coimbra, e agora em Lisboa, os seus escritos sempre inacabados como As Memórias de um Átomo, os amores frustrados com Raquel Cohen. Relembra o jantar no Hotel Central, os debates literários entre o velho romantismo de Tomás de Alencar e o novo realismo na literatura, bem como a acérrima crítica política às elites e à decadência nacional.
Maria Eduarda
Dignidade e tragédia
Maria Eduarda está a fazer a mala, vai partir para Paris, depois de saber da sua trágica relação incestuosa com Carlos. Relembra momentos da sua vida em França, a morte da mãe, a filha Rosa, a relação com Castro Gomes e a sua relação com Carlos em Lisboa, na R. de S. Francisco e nos Olivais.
Condessa de Gouvarinho
Vida vazia e insatisfeita
De existência vazia, fala da sua relação secreta com Carlos da Maia e de outros convivas dos serões mundanos em que passa os seus dias como mulher fútil.
Dâmaso Salcede
Provinciano e novo rico
Vaidoso, arranjando-se ao espelho, vai falando de Carlos, do Ramalhete, de Raquel Cohen, de Maria Eduarda e das vinganças e pulhices cobardes que engendrara com Palma Cavalão.

Miguel Real
Sobre Os Maias, de Eça de Queirós
Escrevendo Os Maias, publicado em dois volumes em 1888, Eça problematiza setenta anos de liberalismo constitucional, evidenciando, tanto o progresso civilizacional existente em Portugal quanto a vacuidade das elites políticas e intelectuais. Neste sentido, sobre a história de amor incestuosa entre Carlos e Maria Eduarda, a maioria dos capítulos d`Os Maias e a maioria das personagens encerram uma lição sobre os momentos da história contemporânea de Portugal, mas em nenhum capítulo, como em nenhuma personagem, Eça propõe uma visão dogmática, definitiva ou exclusiva sobre o futuro de Portugal – é esta a lição do novo humanismo crítico de Eça, a certeza de que Portugal, monárquico ou republicano, pobre ou rico, moderno ou arcaico, dura (como escreve em 1890).
Assista ao vídeo gratuito de Memorial do Convento
Assim perceberá a abordagem do projeto Virtual ÉTER!

Padre Bartolomeu
O VOADOR
P. Bartolomeu fala das suas experiências na corte d’el-rei D. João V com balões e ar quente, e da máquina voadora que está a construir em segredo com a ajuda de Blimunda e Baltasar, dos materiais necessários e do mais importante de tudo – o éter (as vontades humanas).